Houve um tempo
em que o teu olhar
Me fazia perder o controlo.
Um gesto teu… eu morria por um gesto teu,
Por uma parcela do teu mundo.
Hoje, olho-te e lembro
As lágrimas que caíram pelo meu rosto
Ao longo de um tempo sem fim
E que as que não enxugaste com os teus lábios
Enxugou-mas o vento frio da procura,
no vazio.
Sim, houve um tempo, por muito tempo
Em que eu perdi o controlo, voei
Sem me importar para onde ia
Segui-te pelo caminho do medo e morte
Esperando sobreviver, a teu lado
Tudo o que importava era ter-te,
ser-te,
amar-te.
Não, não me olhes assim agora, não repitas
Nem ouses fazê-lo, é tarde,
Tão tarde que ceguei os sonhos.
Hoje sei que apenas vivemos
Uma fracção de segundo da uma eternidade
Que nem chegou a pertencer-nos
Sim, é verdade, ainda estou aqui
Mas não é por ti
É por mim, é pelo tempo, pela vida
Que ainda me deve uma estrela…
4 comentários:
"Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos. Enquanto o amor passa, a amizade volta, mesmo depois de ter adormecido um certo tempo."
Já tinha saudades.
Beijinhos e até breve!
Lyra ;)
O amor e a idade...
Sim, ... a intensidade que arrefece...
Muito pertinente este teu poema.
Bjs
querida amiga,
como sempre... di-vi-nal!
sem palavras grandes para te dizer o quanto grande é este texto.
assim fiquei... sem palavras.
saudades.
abraço-te daqui.
deixo um abraço deste lado do mar
Enviar um comentário