Amiga

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(imagem retirada da Internet).

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Perguntas-me a medo se também existe em mim o vazio… Percebo no que as palavras escondem que hoje precisas de uma ponte. Sorrio-te num misto de amor e lamento. Não te posso contar que acabei de chegar da morte e que aos pilares mais fortes da vida me prendo por um fio de seda. Teríamos para isso de percorrer o deserto, despidas das máscaras e de tudo o que nos faz comuns aos olhos dos que respiram mas não vivem. Deixaríamos de ser corpos para nos vestirmos alma. Retrocederíamos no tempo, ao tempo das meninas que desvendavam o amor e os homens e em sussurros dividiam alegrias e medos com olhos brilhantes e corações contraídos de emoção e incerteza.

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Sinto-te tão perto de mim agora, como se nunca tivesse existido idade nem chão. Talvez por ver que lutas para que o sorriso não se deixe adormecer no cansaço da vida. Minha querida!... Não deixes que as sombras da noite te destruam os sonhos. Não te quero ver assim tão triste. Ergue-te. Como o vento não temos destino nem conhecemos o caminho. Coragem, voa. Não sabes que quando perdemos as asas ficamos mais pequenas? Portanto faz, realiza (te). Escolhe. Ouve o teu coração. Dança apenas porque sim. Afinal, o que seria de nós se não fossemos um pouco loucas?

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