Exílio

Nasceste quimera
inesperada e irracional.


Depois foste coragem
assalto, agonia
e peso morto da saudade.


Foste hesitação e incerteza,
cansaço… e olhos mate.
Solidão. Medo.
E sonho…
(de todos o mais assustador)

Insanamente
palmilhei quilómetros
ao compasso da luz.
Cegamente
saltei portagens
de espaço e de tempo,
ultrapassei fronteiras
de ser e de ter
e rasei a loucura
quando te doei a alma
e consumi o paraíso.


Consumi tudo.


E consumi-me também
num qualquer fragmento de vida
onde ficaste.

Então descobri
que nada é eterno,
e eu
sou arauto do amor...

Exilei de mim a dor.

9 comentários:

Escutador de Almas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Escutador de Almas disse...

Tocou-me, principalmente o "exilei de mim a dor".
É uma delícia ler e sentir o que escreves (e és!).

Lúcia Machado disse...

Obrigada :)

Retribuo com carinho o beijinho deixado por ti...

Voltarei, assim que as "forças" o permitirem :)

Lúcia Machado disse...

ah! adorei o teu poema! :)

Tocou cá dentro ;)

Eme disse...

exilada a dor,anda ela à deriva inútil no seu compasso imperfeito, e a alma encontrada livre vive consumindo-se nos novos instantes. nada é eterno. tudo nos fica.

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

A dor faz parte de cada minuto da nossa vida, do nosso crecimento.
E dor de amor então!
adorei o poema.
marthacorreaonline.blogspot.com
tenha um bom final de semana

* hemisfério norte disse...

"exilei de mim a dor"
por te não ter
bjs
a.
http://contoscomcheiro.blogspot.com/

Laura disse...

Ah, linda nina
de sonhos e quimeras
por realizar,
mas que bom que é assim
pois quando já se realizou tudo, nada mais terá da vida a esperar!

Busca sempre e sonha e por favor, há sonhos que parecem irrealizáveis mas, sonha, sonha alto e acordada e as tuas doçuras entresonhadas um dia virão à luz do dia!...
Beijinho de feliz dominho para ti...
O meu desejo agora é pegar na bicicleta da filha que está na garagem, pedalar até ti, e chamar-te da janela para irmos pedalar entre flores e verdes, entre a natureza tal qual ela é; sem artificios...Um abraço e bora pra cá...laura..

Filipa disse...

OLá Crystal!

Em 1º Obrigadapelo comentário, de coração!

Em 2º a tua veia poetica encanta-me, é lindo o poema, por vezes a mim ossonhos tb metem medo, mas com vontade e força conseguimos realiza-los e tranforma-los em sorrisos e conquistas!

Beijo solto

hei-de passar mais vezes por aqui

Linkei-te (esero k não te mportes) =D

Lira::: Pnipom::: Neia

 
©2009 Amêndoa Amarga | by TNB