Não venhas, não agora
aguarda que chegue o tempo da lucidez
afinal
de que nos serve a chuva?
Basta-te no leito de pétalas
porque não te posso roubar a solidão
(entende)
não tenho como te acompanhar
aguarda que chegue o tempo da lucidez
afinal
de que nos serve a chuva?
Basta-te no leito de pétalas
porque não te posso roubar a solidão
(entende)
não tenho como te acompanhar
no dourado do verão,
no silêncio dos moinhos,
ou nos afectos deste jogo de contrastes.
Então sente-me apenas no espaço das palavras
proferidas
a cada palmo de alcatrão derrotado,
na suavidade do vermelho rubro
do anoitecer…
Sente-me
no silêncio dos moinhos,
ou nos afectos deste jogo de contrastes.
Então sente-me apenas no espaço das palavras
proferidas
a cada palmo de alcatrão derrotado,
na suavidade do vermelho rubro
do anoitecer…
Sente-me
mas não venhas…
Este tempo não é nosso.
Este tempo não é nosso.
15 comentários:
Parabéns também.
:)
beijos da outra ponta do distrito
:)
ana
Não percebi muito bem, amiguinha. Estás a dizer k nao eskeçes.
Que nao keres k ele eskeça.
Mas k nao o keres? Será isto?
Será k me podes explicar?
Obrigado pelas palavrinhas e pela visita, la no meu cantinho.
Uma linda semana
Bjinho amigo
Mario Rodrigues
a maior dificuldade está em sentir....
Semear pra poder colher
.
Belo poema.Aqui fiquei a degustar bem calmamente cada palavra, e adoreiiiii.
Fiz postagem nova,apareça por lá.Um grande abraço
marthacorreaolnine.blogspot.com
Lindo texto, foi muito bom voltar aqui. Me inspira.
Tenha um ótimo final de semana.
Maurizio
Quando a chuva lavar os prantos e os nevoeiros abaterem os dourados do Verão poderá ir, porque a luz será outra e o alcatrão derrotado medirá apenas dois palmos e meio. Começa a verdadeira revelação do Verbo. Começa-se a ir beber ao mais profundo dele. Sente-se mais do que sentir, e tanto que já nem é preciso ir.
Amei! fez-me tanto sentir-me! tens algo que me preenche, algo k se identifica comigo, essas palavras lindas!
beijo e obrigada pelo comentario!
hei-de voltar!
e Parabens!
o que me pedes é tortura
é agora que te quero
agora é que te espero
entrei já na fase de loucura
um abraço
O distanciamento por vezes é algo necessário...definem-se com mais clareza certas questões entre as pessoas...e nas suas relações e modos de sentir...Lindo!
Olá Ana, os parabéns foram dados em teu nome ; )
Bjinhos
Oh Mário, fazes perguntas difíceis, rsrs. Olha, Realmente tem razão quem diz que as palavras não são inocentes, mas também é verdade que cada um as lê conforme as sente…de qualquer forma talvez tenhas aí uma parcela de razão ; )
Beijo grande para ti
João, discordo. A maior dificuldade está em compreender o que se sente…
Violeta, sempre! Bj amoroso
Martha, obrigada uma vez mais. Mas quem se delicia verdadeiramente com as palavras sou eu, quando leio as tuas fantásticas biografias. Beijinho
Maurizio, a porta está sempre aberta…Bj
m. Vou ficar à espera desses dois palmos e meio…Goto de ti miúda
Pinipon, que bom quando assim é. A tua presença é muito bem vinda aqui, sempre. Bj.
Pin gente, sabes o gosto que me dás?
Su, eu diria mesmo que o distanciamento é essencial…dos outros e de nós mesmos.
Xi-coração em ti
Uma das maiores recompensas que se pode ter ao escrever o que nos vai na alma, aquilo que imaginamos, sonhamos, desejamos ou inventamos é ter retorno de quem nos lê. E o retorno tem vindo das mais bonitas formas. Hoje recebi um comentário a este texto que escrevi, um comentário que me chegou via email e que quem escreveu achou que não merecia figurar neste espaço, por serem palavras descartáveis … eu não acho e é com um pouco de vaidade que aqui publico o que ele achou não valer a pena ser lido por ninguém…
“não seguirei
os caminhos da chuva
não agora,
não sei se alguma vez.
Para mim, o tempo
sempre foi de lucidez.
e tu habitas-me a névoa
da loucura.
Não te seguirei agora,
ficarei a contemplar-te, apenas.
não quero perturbar
os prados verdes no teu olhar de corsa.
nem o espelho de água
onde bebes,ao crepúsculo.
Ficarei de guarda
ao rio
que nos passa ao meio.
Vês-me na margem? nada temas,
Sou um inventor de pontes...
impossíveis.
Eu sei que gastamos
o olhar
nestes olhos de água,
que se afastam
levando para longe,
esta certeza
que temos, mas não queremos
de que ali na encosta,
onde o rio nasce,
houvesse a loucura
e a coragem,
um passo bastaria
pra mudar de margem.”
Obrigada Carlos, adorei. Principalmente porque tu foste um dos impulsionadores para este meu tipo de escrita. A tua resposta prova que vale a pena o meu esforço. Beijo grande para ti.
Descartáveis as palavras são... nisso concordo com o autor deste comentário mas elas deixam sempre uma mensagem que marca aquele que as recebe.
A mim, mesmo não me sendo dirigido, tocou-me. Pela simplicidade que deveria primar nas atitudes destes humildes servos que somos; e ainda, acho que especialmente, pela negação!
Partilho com o Carlos esse medo oculto pelo limiar da loucura que aquilo que nos provoca nos leva a temer.
Contudo, a impossibilidade amedronta-me e não posso acreditar que alguém com a coragem de inventar "pontes impossíveis" tenha palavras laváveis. Há tinta que nem a chuva apaga, há papel que sobrevive ao passar dos anos! É nisso que acredito...
Confio nos afectos e nos afagos...
Confio nas palavras e enquanto viver acreditarei também na poesia! E as tuas palavras, Carlos, garanto, pelo menos em mim, permanecerão enquanto a consciência não me faltar.
Desculpa Crystal invadir-te o teu espaço desta maneira mas não podia deixar que estas palavras ficassem ao acaso, ainda bem que nos deste a conhecer aquilo que o "impulsionador" da tua escrita te diz e acha que não merece lugar aqui.
Bem-hajas Carlos por escreveres com a alma! Não restam muitos assim...
Beijo para os dois,
Jana
Olá Crystal,
tinha que vir agradecer as tuas palavras. E dizer-te que a tua escrita nasce de ti, e és tu que lhe dás a forma. Eu apenas passei, meti conversa, e isso serviu para desenvolvermos a agudeza do nosso olhar sobre as coisas. Não fiz mais do que isso.
dá uma palavra minha à Janine. Ela foi gentil comigo.E pelo que li tem uma forma de sentir semelhante. Um beijinho para ela.
e um beijinho para ti.
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