Embalo-me em sorrisos
de lágrimas nascidos
num pranto estéril, amargo, insano
imoral, talvez!
Semeio aromas, sabores e sentires…
de tudo.
Ofereco-te o fogo sagaz
da nascente do riso
na pele morena
na carne viva
onde a cada dia me sentes
e me tens.
Dou-me
ao solo fértil
ao orvalho
e ao berço do ser
ainda e sempre
cru.
Alimento-te assim a vida
uma e outra vez
mascarando a derrota
de ti e de mim
náufragos de sentir perpétuo
prisioneiros do oco
e do vazio
sem água
e sem vida
nas palmas das mãos.
Naúfrágio
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6 comentários:
Chance levou-me para o seu blog e que tive vendo as fotos haces.Salu2 de Albacete.España.
Belíssimo poema. Foto condizente, muito bonita, mas um pouco triste.
Ou serei eu que estou triste?
Enquanto te dás, mesmo que seja esse solo fértil, tornas ainda mais rico o mundo que te rodeia. As máscaras caem e nas palmas das tuas mãos brotam nascentes indolores...a origem da vida...
O começo!
Uma viagem no Mundo presente
Será que o vento açoita as árvores
Ou são elas que cedem ao embalo docemente
Um doce embalo em brisa de verão para ti
Boa semana
Mágico beijo
Mas eu vejo umas e outras letras agarradas às tábuas do naufrágio.E de seguida todo o poema. de baixo para cima deram os sentires à costa depois do pranto. Em sorrisos.
Gostei muito deste post.
Quer dizer gostei de todos os que li.
Gosto bastante do seu blog , também :)
Beijinhos *
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